SEJAM TODOS BEM VINDOS !!!

Este Blog é a conclusão do curso Cidadania e Diversidade da UNESP- Bauru, tem por finalidade a divulgação de assuntos tratados no curso e propagação intelectual, social e cidadã dos indivíduos.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Trânsito

No trânsito existem leis que todos os cidadãos deve respeitá-las, sejam motoristas ou pedestres. As leis tornam o trânsito mais seguro e nossa cidade organizada. Respeitá-las é uma atitude cidadania.



http://www.youtube.com/watch?v=MTZqgpogYDY

Valorizar a diversidade e diferenças

As pessoas são diferentes e seus costumes são diversificados, tornando o mundo variado e interessante. Isto não deve nos impedir de vivermos em harmonia e paz.
Devemos valorizar as diferenças, respeitar a diversidade cultural, social, econômica , físicas e intelectual. Todas as diferenças, quaisquer que sejam deverão ser respeitadas.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Espaços públicos

Cuidar dos espaços públicos.


Contribuir para a melhoria de nosso bairro, das ruas e praças é estar contribuindo com a cidadania, ajudar na recuperação de parques, promover ruas de lazer nos fins de semana, pois são medidas para tornar nosso bairro melhor, mais alegre e seguro.




" Toda criança tem direito ao lazer."










Cidadania, construindo dia-a-dia.

A todo momento falamos em cidadania, mas afinal, o que significa?
A cidadania é definida como o conjunto de direitos dos cidadãos, e está fundamentada na idéia de que todos são iguais perante a lei. Fa parte também o conceito de que as injustiças não podem ser aceitas. É importante lembrar que ser cidadão é ter direitos e também deveres. Para que fortaleça a cidadania é preciso lutar para que os direitos sejam respeitados, e que nós também cumpramos os nossos deveres de cidadão.
Algumas atitudes adotadas dia -a-dia poderá nos ajudar a fortalecer esta cidadanis e contribuir para uma sociedade melhor.

Família



A família, nosso primeiro contato de convívio social. É natural que surjam alguns conflitos, mas o importante é
procurar resolver esses conflitos por meio de diálogos e da negociação com muito respeito. Quando fazemos isto estamos nos preparando para atuar na sociedade de maneira respeitosa e efetiva, exercendo a nossa cidadania.




Leitura: Livro da Família.

http://www.4shared.com/file/125111287/c83aca3c/o_livro_da_familia.html


quinta-feira, 18 de março de 2010

Planejamento Étnico-Racial

Sugestões para Programa Étnico-Racial, para ser desenvolvido desde a Educação Infantil, Fundamental I e II e Ensino Médio.

EDUCAÇÃO INFANTIL
DISCIPLINAS e ASSUNTOS

Língua Portuguesa E Educação Artística
Poesia, Teatros, Cantigas de Roda, Músicas e Manifestações Culturais diversas como processo de identidade cultural;


EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL I e II
DISCIPLINAS e ASSUNTOS

Língua Portuguesa
Introdução da Cultura Africana;

Geografia
Estudo do solo, relevo e diferentes tipos de mapas;

Ciências
Cultura e tipos de miscigenação;

História
História da África ;

Artes
Produção Artísticas em diversos níveis e modalidades, voltada para a temática;

Educação Física
Práticas de esportes voltados para a cultura negra (Jogos e esportes);

Ensino religioso
Ensino das Religiões Afrodescentes (Umbanda, Camboblé) .



ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA e ASSUNTO

Língua Portuguesa
Literatura Africana;

Geografia
Estudo de diferentes tipos etapas da Geologia e estudos e mapas em diferentes períodos da História Africana;

História
História da África em diferentes tipos de períodos;

Biologia
Aprofundamento em miscigenação e suas conseqüências;

Química
Relações raciais corpóreas ;
Sociologia
Interação social e suas conseqüências;

Filosofia
Princípios, valores e bases dentro da convivência heterogênea;

Educação Física
Constituição corpórea heterogênea;

Artes
Modalidades e formas de criação artísticas africanas.

Proposta do Mec - EJA

Este é um trabalho do Ministério da Educação junto ao Secad e que propõe diversidade de temas e atividades diversificadas com os alunos do EJA.
Segue abaixo a proposta:

“ ApresentaçãoAo longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se beneficiam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha.Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exercício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para formular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental.Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respeitando as experiências e os conhecimentos dos alunos.Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. "Trabalho" será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a concepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos.A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. “Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Secad/MEC

Segue abaixo a Coleção proposta.

A Coleção
Cultura e Trabalho
Caderno do Professor
Diversidades e Trabalho
Caderno do Professor
Economia Solidária e Trabalho
Caderno do Professor
Emprego e Trabalho
Caderno do Professor
Globalização e Trabalho
Caderno do Professor
Juventude e Trabalho
Caderno do Professor
Meio Ambiente e Trabalho
Caderno do Professor
Mulher e Trabalho
Caderno do Professor
Qualidade de Vida, Consumo e Trabalho
Caderno do Professor
Segurança e Saúde no Trabalho
Caderno do Professor
Tecnologia e Trabalho
Caderno do Professor
Tempo Livre e Trabalho
Caderno do Professor
Trabalho no Campo
Caderno do Professor

Para consultar o portal EJA para maiores informações e detalhes consulte o site:
http://www.eja.org.br/comousar/index.php?acao3_cod0=a5bb7f50660269aae3e193c9a0f83d93

Texto Étnico-Racial

A educação é uma arma no desenvolvimento da Cidadania e na Formação Cultural de um povo juntamente com aspectos de identidade frente a aspectos de desentendes. A relação do Brasil com o Continente Africano é uma realidade e muitas vezes são ignoradas, porém esta relação é importante na construção da Cidadania, na formação cultural, na formação de miscigenação entre outras.
A Lei nº 10. 639/03 relacionado a aspectos anti-raciais e do movimento negro é uma realidade e deve ser aplicadas nas Escolas Brasileiras em todos os níveis e graus, pois é algo cultural que não se deve ser ignoradas.
Bourdieu (1979) afirma:

A abolição da escravatura no Brasil não se livrou os ex-escravos e/ou afrobrasileiros (que já eram livres antes mesmo da abolição em 13 de maio de 1888) da discriminação racial e das conseqüências nefastas desta, como a exclusão social e a miséria. A discriminação racial que estava subsumida na escravidão emerge após a abolição, transpondo-se ao primeiro plano de opressão contra os negros. Mais do que isso, ela passou a ser um dos determinantes do destino social, econômico, político e cultural dos Afrodescendente brasileiros. (BOURDIEU, 1998, p. 21).

A citação acima justifica a situação que os afrodescendentes passam dentro da situação de formalidade escolar devido à situação que foi traga ao nosso continente e ainda é discriminado devido a sua utilização no trabalho forçado.
Ainda é correto subentender que a discriminação é uma situação presente em todos os aspectos marcados pelo social, político, econômico e cultural, pois a negação da sua História como Povos que auxiliaram o Brasil no desenvolvimento humano e social. A escolha do título e a justificativa dentro da temática se enquadram na tentativa de fazer o resgate social dentro do aspecto educacional, incluindo o no currículo escolar a História da África, na conscientização e na quebra da discriminação do Negro na Cultura Brasileira.
A educação é base de uma valorização das técnicas sociais empregadas nos dias atuais que ascende como status, em uma Educação totalmente formal na propensão dos negros como bem supremo de uma sociedade moderna e democrática, neste aspecto a Escola passou a ser uma realidade que forma como ascensão social na busca da realidade de uma povo ou de uma nação.
Ainda é correto afirma que a educação que recebemos na Escola Formal ainda é Eurocêntrica e Americana devido a História e do seu desenvolvimento social no panorama cultural.
Conforme Andrews no orienta na citação:

A educação formal não só é eurocêntrica e de ostentação dos Estados Unidos da América, como também desqualifica o continente africano e inferioriza racialmente os negros, quer brasileiros, quer africanos [...].(ANDREWS, 1998, p. 22).

A educação como forma de status menospreza a África e sua História devido à relação histórica com o nosso continente e valoriza a cultura americana e européia devido a valorização social, cultural, econômica e política. Estes quatros pilares ostentam e fazem da África um Continente massacrado e destruído em todos os aspectos, por este motivo a Cultura Negra não é valorizada nem dentro dos aspectos educacionais, sendo onde são os começos e os términos do preconceito e da discriminação em todos os níveis do preconceito e da discriminação em todos os níveis, graus e intensidades.
Embora não existem estudos que revelem a responsabilidade da escola como aspectos de caráter formador, conforme mencionados no parágrafo acima compreenderam a escola com extensão de uma localidade onde se preza a valorização da adversidade dentro dos parâmetros atuais de conhecimento e de status.
Relacionado ao Brasil é correto afirmar que os nossos negros lutaram pela primeira abolição nos anos de escravidão, que ocorreu de forma ferrenha e direta, sendo que esta que podemos considerar como a primeira abolição era uma luta de obtenção de igualdade e respeito. Hoje nos deparamos com outra realidade, mas não muito diferente, sendo marcada pelo discurso ideológico de luta e tentativa de reconhecimento, que buscam mobilidade dentro os valores sociais e econômicos que buscam superar a condição de excluídos ou miseráveis, podemos também chamar esta de segunda tentativa de segunda abolição da escravatura nos parâmetros atuais, sociais, políticas e econômicas.
Por este motivo dentro da realidade que se mostra é uma que devemos valorizar atualmente, começando pelos bancos escolares devidos ao papel ideológico que desempenha nos caminhos da diminuição da desigualdade social, racial, de preconceitos e de discriminação.
A inclusão dos valores africanos relacionados a estudos de literatura africana e suas diversidades dentro do currículo nacional brasileiro, que se ampara nos parâmetros da Lei 10.636/ 03 como fruto da luta anti-racista do Movimento Negro e de acordo com o Estatuto Racial Negro sendo uma tentativa de resgate da implantação da Cultura Africana.
A implantação da Lei citada no parágrafo acima é uma realidade que devemos colocar em prática devido a valores de resgate de implantação de quebra de valores discriminatórios e preconceituosos.
Andrews (1998) nos ensina:

O sistema educacional [brasileiro] é usado como aparelho de controle nesta estruturação de discriminação cultural. Em todos os níveis do ensino brasileiro - elementar, secundário, universitário – o elenco das matérias ensinadas, como se executasse o que havia predito Silvio Romero, constitui um ritual da formalidade e da ostentação da Europa, e , mais recentemente, dos Estados Unidos da América. Se consciência é memória e fruto, quando e onde esta a memória africana, parte inalienável da consciência brasileira ...onde e quando a historia da África, o desenvolvimento de suas culturas e civilizações, as características, do seu povo, foram ou são ensinadas nas escolas brasileiras... Quando há referencias ao africano ou ao negro, é no sentido do afastamento e da alienação da identidade negra. Tampouco na Universidade brasileira o mundo negro-africano tem acesso. O modelo europeu ou norte-americano se repete, e as populações afro-brasileiras são tangidas para longe do chão universitário do país é o mesmo que provoca todas as iras do inferno, e constitui um difícil desafio aos raros universitários afro-brasileiro. (ANDREWS, 1998, p. 23).

O sistema educacional brasileiro é discriminatório é valoriza a cultura de forma “embranquecida” e de prestigio social, sendo marcados principalmente nos aspectos quatro pilares de status – político, social, econômico e educacional – os mesmo quatro pilares citados são beneficiados com o sistema europeu e parte da cultura norte-americana.
O “embrancamento” da cultura brasileira é uma utopia nos moldes reais da educação e principalmente de status, pois não nos esquecemos nunca de que temos os “pés na senzala”, como bem conhecemos de acordo com a nossa história e da nossa cultura.
De acordo com Fernandes (1955) “[...] no início do século XX, para os negros, a preocupação com a Educação é constante e os negros devem se educar para subir socialmente” (Fernandes, 1955). Nesta citação podemos verificar que o processo de descriminação racial infelizmente ainda não foi eliminado e o caminho para isso é a educação formal presente na sala de aula e na concretização de ações sólidas.
Embora existam estudos que demonstrem responsabilidade social e formativa da escola a perpetuação das desigualdades sociais, o caminho para a quebra da discriminação e do preconceito a escola ainda não se conscientizou do seu papel social e formativo, relacionado ao caráter de formação ideológico.
A criação de um programa voltado para a retomada dos valores sociais africanos englobados dentro das matérias bases do currículo nacional com toda a literatura africana com um todo, envolvendo todas as disciplinas como Geografia, História, Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia entres as demais é o caminho para a quebra de valores discriminatórios.

Referências:


ANDREWS, George Reid. Negros e Brancos em São Paulo (1888 – 1988). São Paulo: Edusc, 1998.

BOURDIEU, Pierre. Os três estados do capital cultural. (Orgs). Nogueira Maria A. e Catani, Afrânio. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998.

BRASIL, Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial do Distrito Federal de 14 de setembro de 2003.

Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/ 03. Secretária da Educação Continuada, alfabetização e diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. (coleção para todos).

FERNANDES, Florestan . (Orgs). Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo.São Paulo: Anhembi, 1955.